quarta-feira, 30 de novembro de 2016

No privado é que é bom (ao contrário)

Ontem assisti a uma cena que me fez pensar. Uns pais foram com o seu bebé de 1 ano às urgências de um hospital privado porque estava com problemas respiratórios. A recepcionista, 5 estrelas, apressou-se a procurar um médico e voltou com o recado do doutor de que seria melhor irem ao hospital.
Para além do hospital privado não ter pediatra àquela hora, o médico ia jantar pelo demoraria uma hora.
Até consigo perceber a razão de ciência, embora me tenha incomodado o facto de não ter vindo fazer uma avaliação sumária ao bebé cujos pais optaram por esperar. Hora e meia depois, lá foram atendidos.
Com isto reforcei a convicção que a única diferença entre os dois hospitais é a maior comodidade que o privado oferece, factor importante sem dúvida mas algo secundário quando está em causa a saúde. Quanto à  qualidade técnica nem me vou pronunciar. Há um certo hospital  a precisar desesperadamente de concorrência.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

A prenda de Natal que eu deveria pedir, segundo a minha mais velha

Segundo a Leonor, e por motivos que ainda não consegui apurar, eu deveria pedir ao Pai Natal um spa de bolas anti stress.
Admito que seja notória a necessidade, questiono-me é se a santa da minha filha tem noção do inestimável contributo que, juntamente com a sua santa irmã, dá para a elevação dos referidos níveis de stress.

domingo, 27 de novembro de 2016

Lúcia-lima

Se há sabores e odores que fazem viajar no tempo, o do chá de Lúcia-lima é um deles.
Foram tardes sem conta, passadas à lareira a ouvir as histórias de primos alentejanos que sinto conhecer sem nunca ter visto, que a avó Bena não se cansava de repetir enquanto bebericavamos o chá de folhas colhidas no jardim da tia Lurdes.
Grandes e ternas memórias.

O dia de Acção de Graças aos olhos da Leonor

-Mãe, a professora de inglês disse que no dia de Acção de Graças se come peru assado e tarte de abóbora mas eu acho que nesse dia as lojas deviam dar tudo de graça.

Intuindo a lógica do raciocínio, mas querendo perceber até que ponto estaria influenciadas pelas notícias sobre a Black Friday, quis saber porque dizia isso.

Então, porque seria uma acção de graça!, foi a resposta.

Afinal apegou-se só à literalidade das palavras, no significado que lhes conhece e que torna o raciocínio efectivamente lógico.
Adoro estas nossas conversas filosóficas.

sábado, 26 de novembro de 2016

Sou mesmo (a)normal

Naqueles dias em que me enfiam numa sala com malta de areas diferentes da minha, chego a sentir-me um alien. É esquisito perceber que toda a gente está em sintonia a achar que determinada coisa é preta enquanto eu a vejo de mil cores. A minha formação mostra-me que a interpretação de um texto está longe de ser matemática e acreditem que isso já me trouxe alguns constrangimentos que não aconteceriam se a mesma sala estivesse cheia de malta da minha área. Mas suponho que é esta diversidade de leituras e opiniões  possíveis que dá graça ao dia a dia.
Disto tudo concluo. Sou mesmo (a) normal.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Somos todos Heróis

 
Não me canso de dizer que poder falar sobre a minha doença aos outros e sentir que, com isso, os ajudo é uma forma de lhe dar sentido.
 
Foi também com a ajuda de outros testemunhos que consegui forças para superar aquele pesadelo.
 
E estamos cá uns para os outros.
 
Por isso, não hesitei um segundo quando a Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas me convidou a contribuir para o livro de testemunhos que estava a idealizar.
 
Foi com inegável orgulho que participei na sessão de lançamento, mas também com muita emoção.
 
Aquele momento fez-me reviver muitas memórias, nem sempre fáceis, mas acima de tudo ajudou-me a recordar quão afortunada sou. Pela vida, família e amigos que tenho, só posso agradecer a Deus.
 
Teria/tenho muito mais a dizer do que aquilo que transpus para o papel, hoje teria escrito de outra forma, provavelmente, mas foi o que consegui.
 
E foi de coração aberto que contei a história do nascimento da Leonor e da Benedita, que na minha mente serão sempre representadas pela figura de um anjo e do sol, respectivamente.
 
Quem quiser ajudar a APLL, pode encomendar o livro directamente à associação ou adquiri-lo numa livraria perto de si.
 
 

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Lançamento do livro "Somos Todos Heróis" - apareçam amanhã no Pavilhão Rosa Mota

O lançamento do livro “Somos Todos Heróis”, editado pela Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas, para o qual tive a enorme alegria de contribuir com o meu testemunho, irá realizar-se amanhã, dia 19 de Novembro de 2016, às 17:30 horas, no Pavilhão Rosa Mota – Porto.

O lançamento do livro está integrado no evento “Porto Saúde”, organizado pela APLL e pelo Porto Lazer, que  terá início no dia 19 de Novembro, às 11:00 horas, e encerrará no dia 20 de Novembro, às 20:00 horas.
 
O evento tem entrada gratuita e um programa muito interessante, que inclui rastreios de saúde, concertos, animação para crianças, etc,etc,etc.
 
Podem ver o Programa no site da APLL ou Facebook.
 
Apareçam.

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Adivinhem foi o rastilho para a 1.ª discussão do dia

Contei AQUI mais uma tirada da minha patroa mais nova. Esta manhã, julgava ter a solução para que a cachopa saísse de casa feliz e contente. As padas de Vale d´Ílhavo.

Pois estava redondamente enganada. A patroa ficou ofendidíssima quando lhe ofereci uma com queijo. Tentei corrigir o meu erro e oferecer manteiga mas acho que só acirrei a fúria.

Adivinhem qual foi o rastilho para a 1.ª discussão do dia.


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Que raio de mãe sou eu, que não tem bacon em casa para rechear uma pada de Vale d´Ílhavo para a sua filha comer ao pequeno almoço?

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Um doce para quem adivinhar

Estávamos a comentar como são boas as tostas de queijo feitas com padas de Vale d' Ilhavo quando uma voz estranha à conversa exclamou "eu gosto é com bacon".
Por acaso, duvido que a dona da voz alguma vez tenha provado a iguaria, mas tenho a certeza que deve ser boa. A cachopa tem sensibilidade gastronomica.
Um doce para adivinhar sobre quem estou a falar.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Como se desmotiva uma mãe

Uma pessoa arrasta-se da cama a custo. Tenta concentrar-se e encontrar formas de auto-motivação que lhe dêem coragem para sair e enfrentar a ventania (no sentido amplo do termo) que vai na rua.
Está a meio do processo e ouve uma vozinha adorável "mãe, vem deitar-te um bocadinho comigo". Por pouco não se enche de febre psicológica.
Que bela forma de desmotivar uma mãe.

domingo, 13 de novembro de 2016

João Pedro Pais ou a importância de vivermos de coração aberto

Quando fui convidada para um concerto do João Pedro Pais não fiquei particularmente animada. Gosto de algumas músicas mas não simpatizava particularmente com o rapaz.
Mas o momento era importante e lá fui. Levei o coração aberto, até porque a vida já me ensinou que só assim deve ser vivida, sob pena de nos passar muita coisa ao lado, e não me arrependi.
O João Pedro Pais surpreendeu-me muito e o concerto foi muito acolhedor, num espaço agradável que ajudou a que o momento fosse vivido de forma tão intimista quanto bem disposta.
Gostei



sábado, 12 de novembro de 2016

A sem H

Pior que receber sms publicitárias de stands de  automóveis é  recebê -las com erros ortográficos, tipo os cartazes do Fernando Medina.
Os A sem H dão-me nos nervos.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Ressuscitou

Hoje só vejo fenomenos do Entroncamento.
Não é que, passados 14 anos, vejo ressuscitar um arguido dos meus tempos de estágio  (que na altura nunca me apareceu à frente e foi julgado na ausência, diga-se). Ele há cada uma. Estou esperançosa que seja sinónimo de redenção.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Minha santa menina

A Tita é um poço de emoções e surpreende-nos a cada momento. Nos dias de catequese da mana, não há quem a demova de participar. Os lanches partilhados que se fazem no final são uma forte motivação, é certo, mas fa-lo porque efectivamente gosta. Trata-se de pura devoção e é ela quem nos empurra para a missa ao domingo.
Continuando assim, vai fazer a catequese duas vezes, a minha santa menina.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Como se desarma uma mãe

Depois de um dia de tropelias e brigas com a irmã, estava eu a ralhar e a dizer que eram horas de dormir, quando fui interrompida por aquele anjinho. " E Jesus, mamã? Temos de rezar a Jesus!".
Um doce esta minha Tita.

domingo, 6 de novembro de 2016

40 anos. É obra!

Faz hoje 40 anos que os meus pais disseram o sim.40 anos de muita cumplicidade e turras. 40 anos de um grande exemplo de vida em família.
40 anos que me fazem acreditar no Amor eterno. Aquele que resiste a ventos e marés e permanece firme no compromisso de prevalecer na saúde e na doença. Na alegria e na tristeza. Todos os dias da vida.
Parabéns aos meus marretas preferidos.

sábado, 5 de novembro de 2016

A ignorância é uma benção

Ontem, na catequese, falava-se sobre a verdade e, em determinado contexto, o padre Armando disse que a ignorância pode ser muito boa.
De facto, se há certeza que se tem consolidado em mim é a de que a ignorância é mesmo uma benção.
Lamentavelmente  parece que, a este nível, vou ser como a minha avó. Saber demais sobre algumas pessoas e não por procurar, muito menos querer saber mas por esse conhecimento vir ter comigo de todas as formas e feitios. E eu que me ria quando a minha avó dizia que não tinha culpa de saber a vida da vizinhança toda.
Bem feita.

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Será a obrigação de fazer trabalhos de casa violadora da Convenção dos Direitos das Crianças?

Muito se tem falado ultimamente da pertinência de obrigar as crianças a fazer trabalhos de casa e a temática faz-me regressar mentalmente à meninice.
Fui altamente massacrada com trabalhos de casa. O professor Pereira não brincava em serviço e os sábados de manhã, passados na sala do piano do meu avô eram um martírio.
Lembro-me do pai da minha melhor amiga, a Xana, que era professor, ser frontalmente contra os tpc e ter a admiração dos miúdos todos.
Apesar da minha experiência não ser das melhores, acho positivo que os meninos comecem a ter habitos de estudo. Tudo na devida proporção, naturalmente, e aí entrará a razoabilidade dos professores.
Sinceramente não me parece que sejam os deveres que impedem as crianças de brincar. Aliás, até permitem que os pais estejam mais proximos daquilo que é o seu dia a dia e das suas aprendizagens. Tudo, repito, com conta pesp e medida o que nem sempre acontece com as milhentas actividades extracurriculares em que as inscrevemos.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Uma vez inscrita em Religião e Moral para sempre inscrita

Quando inscrevemos a Leonor no Conservatório foi-nos dito que o horário seria definido em função do da escola. Só não nos disseram que não teriam em conta as AEC.
Resultado, quando foi publicado o horário do Conservatório, percebemos que seria inconciliável com as AEC de Religião e Moral e música, nas quais a patroa tinha insistido em inscrever-se.
Pensei que a coisa se resolvesse facilmente, dado o motivo do impedimento. Mas há  sempre um mas e neste caso fiquei atonita com o sistema. A legislação que regula a disciplinnão admite o cancelamento da inscrição pelo que a solução é justificar a falta às aulas até ao final do ano.
Confesso que me fez espécie isto
que só pode tratar-se de um esquecimento do nosso legislador para já não falar do arcaísmo do sistema que obriga a maratonas entre duas escolas públicas para comprovar horários num e noutro lado. Um filme que só visto.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

O nosso Halloween

Ontem era uma daquelas noites em que daria a ponta do dedo mindinho da mão esquerda para ficar sossegadinha no meu sofá.
Mas como Deus sabe que sou uma molengona, resolveu compensar-me com amigos cheios de genica.
Quando já estávamos  dentro do autocarro da Joana.  Éramos 3 adultos e 4 crianças e lá fomos fazer um périplo por casa de avós e amigos, numa versão moderna do Halloween que só me faz lembrar aquelas peregrinações a Fátima feitas por etapas em que se regressa a casa de carro no fim de cada uma e retoma o caminho no dia seguinte.
Gostei. Obrigada por me sacudirem, Joana e Gilberto.

15 anos depois

15 anos depois, eis que tive alta da consulta de onco-hematologia.  Diz a médica que as maleitas de que me queixo parecem ser coisas de “pes...